A Sabedoria de se inserir na obscura realidade... Construindo coletivamente uma praxis transformadora.
18 de jan. de 2013
6 de jan. de 2013
DEZ ANOS DE AVANÇOS
Dez anos de avançospublicado em 03/01/2013Por Dilma RousseffFonteSeção Tendências e Debates, jornal Folha de S.Paulo 30/12/2012Os dez anos de governos liderados pelo Partido dos Trabalhadoresmarcam a incorporação de uma nova agenda para o Brasil.O combate à desigualdade social passou a ser uma política de Estado, enão mais uma ação emergencial. Os governos do presidente Lula e o meupriorizaram a educação, a saúde e a habitação para todos, a retomadados investimentos públicos em infraestrutura e a competitividade daeconomia.Na última década, raros são os países que, como o Brasil, podem seorgulhar de oferecer um futuro melhor para os seus jovens. A crisefinanceira, iniciada em 2007, devastou milhões de empregos eesperanças no mundo desenvolvido.No Brasil, ocorreu o contrário. Cerca de 40 milhões de pessoas foramincorporadas à chamada nova classe média, no maior movimento deascensão social da história do país. A miséria extrema passou a sercombatida com uma ação sistemática de apoio às famílias mais pobres ecom filhos jovens.Através do programa Brasil Carinhoso, somente em 2012 retiramos dapobreza extrema 16,4 milhões de brasileiros. Entre 2003 e 2012, arenda média do brasileiro cresceu de forma constante e a desigualdadecaiu ano a ano. Nesta década, foram criados, sem perda de direitostrabalhistas, 19,4 milhões de novos empregos, sendo 4 milhões apenasnos últimos dois anos.Reconhecer os avanços dos últimos dez anos significa também reconhecerque eles foram construídos sobre uma base sólida. Desde o fim doregime de exceção, cada presidente enfrentou os desafios do seu tempo.Eles consolidaram o Estado democrático de Direito, o funcionamentoindependente das instituições e a estabilidade econômica.Acredito que os futuros governos tratarão como conquistas de toda apopulação nossos programas de educação --como o Pronatec, de formaçãotécnica, o ProUni e o Ciência Sem Fronteiras-- e de eficiência doEstado --como os mecanismos de monitoramento de projetos do PAC(Programa de Aceleração do Crescimento) e a transparência na prestaçãode contas da Lei de Acesso à Informação.O Brasil que emerge dos últimos dez anos é um país mais inclusivo esólido economicamente. O objetivo do meu governo é aprofundar estasconquistas.O desafio que se impõe para os próximos anos é, simultaneamente,acabar com a miséria extrema e ampliar a competitividade da nossaeconomia. O meu governo tem enfrentado estas duas questões. Temos umcompromisso inadiável com a redução da desigualdade social, nossamancha histórica.Ao longo de 2012, lançamos planos de concessões de rodovias,ferrovias, portos e aeroportos, que abrem as condições para um novociclo virtuoso de investimento produtivo. Reduzimos a cargatributária, ampliamos as desonerações na folha de pagamento e, em2013, iremos baratear a tarifa de energia.São medidas fundamentais para aumentar a competitividade das empresasbrasileiras e gerar as condições de um crescimento sustentável.Iremos aproveitar a exploração do pré-sal para concentrar recursos naeducação, que gera oportunidades para os cidadãos e melhora aqualificação da nossa força de trabalho.É a educação a base que irá nos transformar em um país socialmentemenos injusto e economicamente mais desenvolvido. Um Brasilsocialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e maiseducado. Um país que possa continuar se orgulhando de ofere
cer às novas gerações oportunidades de vida cada vez melhores. Um país melhorpara todos.Tenho certeza que estamos no rumo certo.Dilma Rousseff é presidente da República desde janeiro de 2011
4 de jan. de 2013
QUAIS RESPOSTAS DEPENDEM DA EDUCAÇÃO
Quais respostas dependem da educação
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."
(Paulo Freire)
Os novos gestores municipais herdaram grandes desafios para seus mandatos, especialmente para a educação básica. Na condição de professor de uma rede municipal e rede estadual de ensino, ousamos “palpitar” sobre aspectos que consideramos fundamentais para alavancar uma educação de qualidade. Os desafios para uma boa gestão em educação precisam dar conta de aspectos estruturais, funcionais e pedagógicos.
Muito se fala e se discute a respeito do papel da educação no desenvolvimento cultural e econômico de uma nação. Se é verdade que a “educação precisa de respostas”, tão verdadeiro é que as mudanças que esperamos a partir da educação não se farão sozinhas. Mudanças de postura, comportamento, inovação e criatividade virão quando forem acompanhadas de outras políticas públicas capazes de elevar a condição social de nossa gente e das condições objetivas para fazermos uma educação de qualidade. Neste sentido, não podemos afirmar de que “tudo passa pela educação”, embora, sem ela, nenhuma mudança terá condições de acontecer.
A criatividade, a inovação e a ousadia sempre foram bases para os grandes avanços da humanidade. Mas antes os gestores precisam conhecer e reconhecer a realidade de sua rede municipal de ensino, as expectativas da comunidade e os “pensamentos” que movem os seus professores. Após este reconhecimento, devem traçar metas e “marcas” que desejam imprimir na sua gestão. As marcas gerarão a identidade do trabalho político e pedagógico de cada rede de ensino.
Os aspectos estruturais envolvem o cuidado, a preservação e o “embelezamento físico” dos prédios e salas de aula. Os ambientes escolares precisam uma boa pintura, uma boa organização e distribuição de espaços, um ambiente agradável e aconchegante, um mobiliário bom e adequado. Nossos estudantes merecem e precisam sentir-se bem, e bem acomodados, para o pleno envolvimento com as aprendizagens. Os aspectos funcionais referem-se ao bom e respeitoso tratamento que será dispensado aos funcionários e professores das escolas. O trabalho árduo e cotidiano dos professores precisa ser reconhecido em sua dignidade humana e profissional. Os aspectos pedagógicos, tão importantes quanto os demais, devem levar em conta a experiência acumulada de cada educandário e de cada professor e professora, apresentando aos mesmos novos desafios para dinamizar as aprendizagens. A formação continuada dos professores precisa ser combinada e dialogada, antes de ser executada, para que ocorra verdadeiro envolvimento. Deve, ainda, produzir a sistematização e discussão das práticas pedagógicas. Esta poderá sim produzir novas posturas e compreensões para intervenção em sala de aula.
As respostas que dependem da educação nunca estarão plenamente definidas. O que sabemos é que uma educação que leva em conta os desejos da comunidade, dos professores e dos alunos corre sério risco de colaborar com habilidades, atitudes e conhecimentos que farão diferença para o futuro do Brasil. Ademais, nossa educação precisa colaborar para o exercício e a prática da cidadania, esta sim, capaz de operar as grandes mudanças de que o nosso país precisa. Nossas escolas devem ser “o primeiro e maior lugar de vivência de direitos”. Os gestores municipais que entenderem isto farão uma grande diferença na educação brasileira.
Nei Alberto Pies, professor e ativista de direitos humanos.
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