15 de ago. de 2011

Jornada de Literatura - Passo Fundo, 2011 - O Menino que perguntava

O Menino que perguntava

            Importante considerar que o livro, pelo seu titulo, aponta para uma perspectiva diferente, ou seja, todos ou uma grande maioria prefere ficar ou simplesmente querer as respostas, apontar para a lógica do questionamento é altamente desafiador. Com certeza as perguntas são mais desafiadoras, pois exige e apontam para um aspecto importante para a Educação e sociedade atual, que é a capacidade de questionar, refletir, pensar, postura esta fundamental.
O livro é muito interessante, primeiramente pelo fato de apresentar um enredo interessante, relacionado com a vida das pessoas, além de estar sempre focado e apontando para a importância das perguntas.
Interessante se avaliar a importância do livro, pelo fato de ser um livro interessantíssimo, por sua proposta altamente educativa, ou seja, apontar para a perspectiva da possibilidade de que mais importante que as respostas, são as perguntas. No processo educativo, isto é altamente revolucionário, pois isto capacita efetivamente para o processo não só educacional, mas também transformador da sociedade.
Imaginemos não só um menino esperto e muito perguntador, mas muitos, todos. Jovens, adultos, idosos todos, perguntadores, questionadores, na aula, fora dela, pronto para questionar, soltar as perguntas afora, querendo saber a origem, as causas, as conseqüências das ações, pensamentos, idéias?
Perguntarei: Seria ou não este mundo diferente? Existiria ainda a indiferença, as injustiças?
A estória contada em "O Menino que Perguntava", do jornalista Ignácio de Loyola Brandão é uma bonita, desafiadora, muito atual, que poderia e deveria ser lida, conhecida, refletida em todas as famílias, nas escolas. Iria além, ou seja, poderia ser adotada como uma postura pedagógica, em todos os estabelecimentos educacionais, especialmente nas series iniciais.
Tornar-se cada vez mais curioso, perguntador, descobrir todas as respostas do mundo, a partir das perguntas. Reforçaríamos a importância da concepção, fundamental da filosofia, onde as perguntas são mais importantes que as respostas, não desmerecendo a sua importância. De tanto, mas tanto perguntar, o menino foi aprendendo, que pergunta tem hora, e que não é qualquer pergunta que deve ser feita.
Educar a partir das perguntas, dos questionamentos, esta deveria ser a função primeira da escola. Fazendo isso não apenas capacitaríamos para descobrir as respostas das 107 perguntas que estão no final do livro, mas educaríamos sim para a capacitação de verdadeiros cidadãos, críticos, conscientes, transformadores da realidade.
Vale a pena ler este livro.

Onesio Primo Longhi
15 de Agosto de 2011.

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